Inovação

Rumo a uma abordagem baseada em modelos para Transporte Marítimo com emissão zero

Enfrentando uma tremenda pressão para atingir o transporte marítimo de emissão zero, os líderes da indústria estão tomando medidas para fazer a transição de navios altamente poluentes para embarcações mais inteligentes e ecológicas. Mas quão rápido eles podem aumentar a entrega de navios mais sustentáveis  ​​até 2030?

Com cerca de 90% do comércio mundial se movimentando por mar, o transporte marítimo produz quase 3% das emissões globais. Em resposta, a Organização Marítima Internacional (OMI) definiu uma estratégia revisada de gases de efeito estufa (GEE) para atingir emissões líquidas zero de GEE por volta de 2050 e aumentar a absorção de combustíveis sustentáveis ​​para que eles representem 10% do uso de energia em toda a indústria até 2030.
A descarbonização estimulou a ação global. Como exemplo, mega varejistas como Amazon, IKEA e Unilever planejam movimentar cargas apenas em navios que usam combustível de carbono zero até 2040.

Mas as regulamentações não são o único catalisador para a mudança. A transição para o transporte limpo está traçando o curso para materiais mais sustentáveis, combustíveis alternativos, soluções de propulsão mais verdes, maior automação, bem como navios autônomos e controlados remotamente. A indústria precisa repensar a maneira como projeta, constrói, opera e mantém embarcações, o que significa desenvolver, construir e integrar com sucesso uma ampla gama de tecnologias complexas. Isso só pode ser feito por meio de uma colaboração mais próxima entre todas as partes interessadas.

Três Pilares da Inovação Colaborativa

Para entregar com sucesso uma frota de transporte de emissão zero, a colaboração entre todas as partes interessadas no ecossistema — de estaleiros e fornecedores a armadores, operadores portuários e sociedades de classificação — é crucial desde o início. Alcançar isso se resume a estas três chaves:

1. Uma perspectiva de “Sistema de Sistemas”

Embora os combustíveis sustentáveis ​​continuem sendo a peça central no plano do proprietário do navio, sistemas de propulsão alternativos e tecnologias de eficiência energética também são soluções críticas para um futuro de emissão zero. No entanto, quanto mais sistemas um navio tiver, mais componentes precisam ser integrados dentro da embarcação. Isso significa que há inúmeras interdependências entre os sistemas implementados a serem avaliados.
Para gerenciar a complexidade no ponto de design do conceito, as partes interessadas precisam incorporar tecnologias novas e emergentes ao conceito do navio, simular e analisar múltiplas opções antes de finalizar o design. Model-based systems engineering (MBSE) é essencial para tornar isso uma realidade. Com uma abordagem MBSE, as partes interessadas podem explorar a viabilidade de diferentes tecnologias, como sistemas de propulsão complexos com várias interdependências — uma etapa crítica para compreender a embarcação como um sistema de sistemas.

2. A Transformação Baseada em Modelos

Procurando reduzir os prazos de entrega e manter a qualidade enquanto reduz os custos de design e produção?
A abordagem baseada em modelos é a resposta.
Uma abordagem baseada em modelo alavanca informações em todo o ecossistema e garante qualidade e consistência durante todo o ciclo de vida do navio. Ela permite que todas as partes interessadas, incluindo fornecedores e parceiros que trabalham em subsistemas especializados, tenham uma visão mais holística do navio.
Mas isso não é tudo. No centro da abordagem baseada em modelo está o gêmeo virtual  que fornece uma representação precisa e única do navio. Isso permite que as partes interessadas impulsionem a conformidade com os requisitos regulatórios e do cliente com rastreabilidade total desde a fase de conceito e design até a fabricação, operações e manutenção.

3. Simulação e otimização em todas as etapas

Quanto você pode economizar pintando o casco com revestimentos de baixo atrito ou incorporando bolhas de ar para lubrificação do casco? Otimizar o sistema elétrico que opera os ventiladores de resfriamento em contêineres refrigerados reduz significativamente o consumo de energia? Ao calibrar o gêmeo virtual com o ativo real, as partes interessadas podem garantir uma simulação baseada em modelo mais próxima do mundo real.
Por meio de simulação e otimização, as partes interessadas podem trabalhar coletivamente para:

• Teste diferentes designs em tempo real
• Tome decisões precisas sobre gerenciamento de capacidade e entrega das embarcações
• Validar medidas de eficiência em termos de atrito, arrasto e consumo de combustível
• Analisar o impacto das medidas de modernização

Mapeie os mares com confiança

Na transformação em direção ao transporte de emissão zero, as partes interessadas estão reconhecendo a importância de colaborar para inovar melhor — mas elas precisam estar equipadas com a solução certa para preparar sua marca e frotas para o futuro para 2030 e além.
É aqui que a plataforma 3DEXPERIENCE® pode agregar valor.

A corrida para descarbonizar até 2030 começou. Fortaleça um ecossistema de transporte colaborativo com a plataforma 3DEXPERIENCE®, e o gêmeo virtual  para inovar de forma mais inteligente e atingir metas de redução de emissões de longo prazo.